sábado, 30 de abril de 2011

2.760 Km depois. Considerações Finais

A viagem toda valeu a pena. Embora quizesse ter tido mais tempo pra ficar, também estava morrendo de vontade de voltar pra casa, pra Cristina e pra Izabela. A saudade pesava principalmente quando eu parava de rodar.
A vontade de compartilhar com as duas tudo de legal que eu estava vendo, me fazia ligar até três vezes por dia pra elas... só quero ver a conta do telefone.

A Falcon se comportou bem, mesmo comigo pesando uns 100 kg, mais a bagagem toda pra uma semana rodando... ela foi muito bem na viagem, dando pra vazer uma velocidade media de 110 a 120 km/h.
Mas acho que foi a última viagem que fiz com alforges laterais. O arrasto é grande demais e faz o consumo aumentar muito. No primeiro dia, minha moto fez 17 km/l. Muito pouco. Depois, a viagem foi mais tranquila e deu pra andar mais devagar.

Nessa viagem, experimentei pela primeira vez um protetor de coluna. Devo recomendar, não somente pela segurança, mas também pelo conforto e pela correção que ele faz na posição de pilotar. Aguentei bem melhor e saí sem dores na coluna depois de rodar 700 km voltando pra casa diretos. Valeu pelo empréstimo Moacir.

Issaí. Agora é ficar um tempo com a família e me preparar pra proxima aventura. Perdi algumas peças da Falcon na estrada... parafusos e o protetor do escapamento, mas essas peças eu compro e reponho fácil. Outras coisas que se perderam, não vão ser tão fáceis assim...


X INTERESTADUAL FOL

Do encontro... as fotos falam por sí só...
Obrigado a Dega, Invana, Gordinho, Tio César, Resmungão, Chuck, Marcelus e cia ltda...
Tudo muito bem organizado, sítio maravilhoso, comida gostosa, passeios espetaculares e principalmente a companhia dos FOLmiliares que fazem valer a pena todos os Kms rodados.





Para ver todas as fotos da viagem acessem o picasa clicando na foto abaixo.

Viagem a Curitiba

Curitiba

Museu Osca Niemeyr
Partimos na manhã de quinta feira, dia 21/04/2011 em direção ao X Interestadual FOL. Já somávamos 11 motos no bonde e encontraríamos mais alguns pela estrada.
O trecho até Curitiba foi muito divertido, o transito estava muito pesado e eu vi pelo menos mais 5 grupos de motociclistas indo na mesma direção, Harleys, BMWs, VStrongs... rolou até uns pegas com as BMWs. Nas curvas elas ficaram pra trás, mas depois, ligavam o propulsor de velocidade da luz e sumiam... putz, como andam essas GS 1200. Foi divertido e nem notei a distancia entre as duas cidades.
Pra variar, nos perdemos e depois nos reencontramos com o resto do grupo.
Fomos direto pro hotel... como disse alguém, seria mais um “Otel”. Caraca... que espelunca. O café da manhã era uma piada. Mas por ser o mais próximo do evento, ficamos por lá mesmo.

Parque Tanguá
Curitiba é uma cidade maravilhosa... queria ter tido tempo de conhecer com mais detalhes. O passeio foi muito rápido e não deu pra conhecer quase nada...
Com certeza vou voltar lá com a família rever tudo com calma.

Registro

Estou ficando seriamente traumatizado com a cidade de Registro/SP. No ano passado chegamos lá à noite com uma chuva gelada, neblina, engarrafamento e tudo de ruim que se pode esperar de uma estrada, descendo a Serra do Café. Dessa vez, saímos de Guarujá e pretendíamos ficar em Peruíbe. Pegamos um engarrafamento em Cubatão, que eu só conhecia pela televisão. Quando chegamos em um determinado ponto de onde dava pra ver a cidade lá em baixo... tive uma visão do inferno. As inúmeras chaminés das fábricas lançando aquela fumaça cinza, as chamas saindo das siderúrgicas... eu acho... Parecia uma visão apocalíptica de Blade Runner. O céu escuro, fazia das cinco horas da tarde, parecerem meia noite... só que sem estrelas, porque a poluição tampava o céu. Saí daquele caos com os olhos ardendo... vou evitar essa rodovia no futuro.
Na foto acima, precisamos parar pra nos reagrupar e dar uma respirada... que sufoco.
Passamos por Peruíbe e resolvemos tocar até Registro. A estradinha estava cheia de buracos, cheia de curvas e cheia de carros... e tava todo mundo cochilando também. Perigoso demais. Por fim chegamos a Registro por volta das 22:00h. Ainda bem que havíamos combinado de não pegarmos estrada a noite. Seria engraçado se não fosse pelo perrengue que a gente passou.
Nos registramos no mesmo hotel que uma turma do FOL já havia se registrado e nos encontramos com o Deloco e o André Dias do Rio. Gente finíssima.
E o bonde foi aumentanto pela Regis, até Curitiba...

Guarujá

Infelizmente tivemos que desprogramar o passeio que iríamos fazer na quarta pela manhã pela ilha. A XT660 de um colega estava com defeito e tínhamos que tentar resolver, porque na quinta já seria feriado. Sem concessionárias na ilha, ou na cidade de São Sebastião, partimos pra Guarujá. Chegando lá não encontramos a peça que a moto precisava, nem em Santos, nem em Curitiba. Essa Yamaha é uma porqueira mesmo. Toda concessionária que ligamos, nos pedia um prazo de até 15 dias pra encomendar a peça. Lastimável. Também, não é uma Honda...

Esse foi um dia perdido. Não resolvemos o problema da moto e ficamos umas 4 horas sentados em frente a concessionária Yamaha, esperando o resultado negativo da oficina. Pelo menos, deu pra dar uma dormida na calçada nesse intervalo.

Ilha Bela

Saímos de Paraty na terça feira, dia 19/04/2011. O percurso até Ilha Bela é de apenas 125 kms, mas é bonito demais... de forma que demoramos bem mais do que o previsto, porque não dava pra ignorar a paisagem. Andar pela BR 101 sem ser atraído pela visão das belas praias à esquerda do caminho, é impossível. A cada curva, uma praia diferente, com ilhas, navios e todo tipo e tamanho de barcos pesqueiros e lanchas.
Obviamente, paramos na divisa dos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, o quilômetro zero da BR 101 ficou devidamente registrado.
Passamos pela cidade de São Sebastião, transito infernal e gente mal educada demais pra uma cidade tão pequena. Pegamos a balsa pra ilha e chegamos pelas 15 horas. É impressionante passar pelos gigantescos cargueiros que navegam por lá. Isso tudo com um calor de uns 400 graus. Andar equipado nesse calor é dureza. Nada que uma praia paradisíaca na ilha não desse um jeito.

Fomos direto pra Praia do Meio, após nos instalarmos em uma pousada de frente pro mar. Que praia espetacular, o caminho pra chegar lá é fantástico. A estradinha é cheio de curvas e sempre esconde uma surpresa. Da pra ver o continente, os navios cargueiros, os surfistas, os pescadores ,as aves... que são muitas e praticantes de Kitesurf... muito legal.

Ficamos na praia até fechar, isso mesmo, as praias lá fecham as 18:00. Pena, mas deu pra fotografar o por do sol de vários ângulos.

De negativo na ilha, achei os preços, que são altos demais pra tudo e mosquitos. Estou me coçando até agora. Então, visitando Ilha Bela, levem repelentes... muito de preferência.